Ainda magoado, Luiz Fernando Medeiros, agora ex-coordenador médico do Botafogo, concedeu entrevista ao site Globoesporte.com e desabafou sobre a sua demissão:
“Em primeiro lugar, sou um médico ortopedista formado pela Uerj, titular da sociedade de ortopedia e traumatologia. Tenho 36 anos de formado sem nenhuma mancha na minha carreira. Tenho 44 jogadores do Botafogo, e alguns de outros clubes, operados por mim, também sem nenhuma encrenca. Curiosamente, do elenco atual, de 35 jogadores, 11 foram operados por mim. Estou há oito anos, somando as duas passagens, trabalhando no Botafogo. Não devo ser um médico tão incompetente assim. Não devo ter um currículo tão ruim para sair da forma que foi veiculada em alguns veículos na semana passada. Tenho currículo bastante razoável. Foi colocado que após uma série de lesões o Botafogo trocou o departamento. Realmente houve uma série de lesões. Mas há um erro de conceito nisso. O médico não provoca as lesões. O médico trata, diagnostica e indica o tratamento. Na verdade, na maioria das vezes o tratamento é executado por fisioterapeutas. Apenas indicamos e supervisionamos. As lesões musculares são tratadas com tratamento fisioterápico. Nessas lesões musculares, que realmente foram inúmeras, não houve nenhuma recorrência. Isso é importante. Nenhum jogador que se recuperou voltou a sentir a mesma lesão. Houve o caso do Montillo, que se recuperou em uma semana de uma lesão no adutor, mas voltou a campo e sentiu a panturrilha. Agora, nessa nova lesão, ele sentiu a posterior da coxa. Não é um problema do médico”, comentou.
Na opinião de Luiz Fernando Medeiros, sua demissão teve motivação política:
“Fui surpreendido pelo momento em que a gente se encontra, em uma reta final de Carioca e na véspera de uma viagem que pode ser decisiva para o resto do ano do Botafogo. Mas a decisão foi da diretoria. Eles acharam que essa era a melhor solução. Se foi uma questão política? Acho que sim. A prova disso é que o Salvio (Magalhães) ficou, e o Alexandre, não. Havia gente da diretoria que não me queria e preferia outras pessoas. É um direito que o clube tem. Só não tem o direito de insinuar uma incompetência. Isso é maldade, isso que me magoou”, desabafou.
Fonte: Globoesporte.com – Foto: Botafogo
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